EIXO TEMÁTICO 2 LÚDICO, MÍDIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO HISTÓRICA
Coordenadores:
Adelson Barbosa dos Santos (Mestrando _PPGHispam – UFT)
E-mail: Adelsonhistoria2@gmail.com
Luciano dos Santos Abade (Mestrando_PPGHIS-UFOP)
E-mail: luciano.abade@aluno.ufop.edu.br
Tema Central: O uso das mídias digitais por meio da ludicidade no ensino de história
Resumo: O ensino da história como disciplina nos anos básicos do ensino, segue um conteúdo programático estático e pedagogicamente estruturado para um espaço de experiência que se encontra em descompasso com a realidade da modernidade fluída é um desafio que se impõe ao professor de história. O que se nota na atualidade é uma situação de desconexão dos alunos com a sala de aula e o conteúdo histórico apresentado. Os alunos não conseguem compreender o significado dos objetos apresentados para o estudo da história em sala de aula. Além do distanciamento temporal, a atual metodologia de ensino (ensino bancário) não é capaz de fomentar a relação entre emissor e emissário no contexto de aprendizagem. Evidencia-se necessário se repensar criticamente os modelos de ensino e a incorporação das ferramentas pedagógicas disponibilizadas pelo ramo das Humanidades Digitais, articulando-se novas estratégias que aliem o ensino do conteúdo da área das ciências humanas aos usos das tecnologias disponíveis, como forma de se efetivar uma educação focada na construção da identidade pessoal e social dos educandos em seu processo de formação cidadã. Para estabelecer esta ponte entre a experiência do aluno e sua conscientização como sujeito histórico no ensino da História como disciplina, é de vital importância o uso de material didático e também paradidático adequado que permita a aproximação entre o discurso histórico e o espaço de experiência dos alunos, utilizando-se- de forma crítica e focada nos objetivos pedagógicos a tecnologia, meios multimídia e elementos da cultura popular como instrumentos que permitam essa aproximação. Dessa forma o eixo temático aqui proposto (Lúdico, Mídias Digitais e educação histórica) tem como proposta repensar o processo ensino/aprendizagem nesta área do conhecimento, bem como a proposição de ferramentas e construção de políticas públicas que possibilitem a implementação destes recursos como mecanismos pedagógico, que além de proporcionar a adequação do conhecimento escolar estudantil às demandas do mundo tecnológico, possibilita que seja articulado para ser além da sala de aula, uma vez que o conhecimento histórico é uma construção que não se restringe apenas a escola.
Objetivos:
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Repensar criticamente os modelos pedagógicos e estabelecer estratégias de ensino no campo das Humanidades Digitais
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Compreensão e análise do ensino híbrido como parte do PNC;
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Debater a importância do lúdico nos projetos pedagógicos centrados no uso de meios digitais
Público-alvo: Estudantes de graduação e pós-graduação, professores da educação básica, professores universitários, e demais pesquisadores referente ao processo ensino/aprendizagem
Coordenadores
Prof. Adelson Barbosa
Mestrando PPGHispam-UFT
Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9521305342053983
Prof. Luciano dos Santos Abade
Mestrando PPGHIS-UFOP
Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4341759132278024
“AS MÁQUINAS NÃO SUBSTITUEM OS TAMBORES DE MENSAGEM” E “QUEREM TRANSFORMAR A BAHIA EM ÁFRICA”: HISTÓRIA AFRICANA, AFRO-BRASILEIRA E AFRO-AMERICANA NA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA DE XINGUARA-PA (ENSINO MÉDIO) ATRAVÉS DAS HQ’S
Bernard Arthur Silva da Silva (PPGCOM/UFPE)
Yuri Sebastião Sousa Cavalcante (UNIFESSPA)
RESUMO: O trabalho apresentará o projeto de extensão “Ensino de História, Arte Sequencial e Histórias em Quadrinhos (HQ’s): História Africana, Afro-Brasileira e Afro-Americana na Educação Básica Pública de Xinguara-PA (Ensino Médio)”. As HQ’s são “um dos principais veículos da Arte Sequencial, que engloba os desenhos animados e o cinema”, tendo como principal característica “a transmissão de mensagens através de imagens em sequência” (EISNER, 2001; KRAKHECKE, 2009). Agregam-se a essa definição, suas ampla aplicabilidade (educação inclusa) e potência pedagógica (melhoramentos nas linguagem, leitura e imaginação) (VERGUEIRO, 2005). Assim, indagamos: por que as HQ’s podem ser usadas para se ensinar História Afro-Brasileira, Africana e Afro-Americana na Educação Básica Pública de Xinguara-PA (Ensino Médio/EEEM Pedro R. Mota) e, via elas, quais as formas usadas para se aplicar uma Educação das Relações Étnico-Raciais no ambiente escolar, incentivar uma prática antirracista e tolerante no cotidiano das aulas além de proporcionar maior autonomia, participação aos estudantes nas práticas de ensino (SILVA, 2011)? Visando responder essas indagações e alcançar os objetivos propostos, usamos as “Angola Janga” (2017), “Cumbe” (2014) e “O Quilombo Orum Aiê” (2010), HQ’s brasileiras escritas por M. D’Salete e A. Diniz, junto às norte-americanas “A Fúria do Pantera” (1973), “Cidade Sem Piedade” (2010) e “Luke Cage e Punho de Ferro” (1978), produzidas por D. MacGregor, C. Claremont e J. Arcudi, respectivamente. Entrevistas, fotos, animações, redações e desenhos, gerados ao longo do projeto, também foram analisados.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino; História Afro-Brasileira; Quadrinhos Históricos
POÉTICA DA VÁRZEA: UMA CARTOGRAFIA SENSÍVEL DO LUGAR
Bruna de Lira Brayner Gomes Lelis (UNIBRA)
Myllena Fernanda Jerônimo da Silva (UNIBRA)
Jessica Aline Tardivo (UNIBRA-UNESP)
RESUMO: Toda fotografia representa em seu conteúdo uma interrupção do tempo e, portanto, da vida. O fragmento selecionado do real, a partir do instante em que foi registrado, permanecerá para sempre interrompido e isolado na bidimensiona da superfície sensível (Kossoy, 20021, p.45). Inspirada pelo entendimento do historiador e fotógrafo brasileiro Boris Kossoy (2001), essa narrativa apresenta a proposta do projeto MemoriAR, o qual faz parte de uma pesquisa de iniciação científica que busca estudar e elaborar uma cartografia mnemônica do lugar. Desenvolvida por acadêmicos do campo da arquitetura e urbanismo, a prática observa de forma experimental a Várzea, bairro da Zona Oeste do Recife que mescla entre sua arquitetura atual edificações da época de seu povoamento desde o período colonial português e a ocupação holandesa em Pernambuco. Como processo metodológico, partindo da deriva, os pesquisadores realizaram um trajeto fotográfico pelo local, que em seguida foi introduzido em um mapa mental suas apreensões sobre os registros visuais. Nas etapas futuras os dados coletados serão compilados e analisados para a produção de uma estrutura poética que apresentará os contrastes e conexões entre arquitetura do presente e passado, demonstrando de forma sensível como o bairro e suas diferentes manifestações reverberam em seus moradores. Os resultados iniciais demonstraram que ler, registrar e dialogar sobre a cidade por meio de recortes visuais ressignifica a percepção dos observadores trazendo à tona detalhes invisíveis do lugar.
PALAVRAS-CHAVE: Cartografias; Memória; Arquitetura; Fotografia; Cidade
AS PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS CINEMATOGRÁFICAS NA SALA DE AULA E A INFLUENCIA DA CULTURA NEGRA NA PELÍCULA DO PANTERA NEGRA
Fabiana de Souza Santos Xavier (CAPDI-UPE)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo analisar a influência da cultura negra encontrada no filme Pantera Negra (2018). As produções audiovisuais cinematográficas são recursos importantes para o ensino-aprendizagem, devemos aumentar nosso olhar em relação a cinema e buscar entendê-lo como um produto cultural e histórico, pois podemos trazer discussões acerca do racismo, raça, etnia, feminismo, cultura e entre outras temáticas debatidas nos dias atuais. Os personagens de negros no cinema e nos quadrinhos são representados de forma estereotipada, resultando em personagens cômicos e com baixa inteligência, e em sua maioria são coadjuvantes. Por essa razão, escolhemos como fonte o filme Pantera Negra (2018), uma produção americana, pode ser proveitoso para as discussões em sala de aula no que se refere a elementos históricos e culturais apresentados no filme. O filme Pantera Negra (2018) procura trazer destaque para a valorização do negro/negra, trazendo uma reflexão social, histórica, cultural e racial na escola. Quando vemos um negro nas produções audiovisual e em algumas obras como personagem principal, podemos ver o negro sendo reconhecido de forma igualitária. O presente trabalho buscará apresentar como o filme Pantera Negra (2018) apresenta referências históricas e culturais, sendo um recurso didático-pedagógico no ensino de história.
PALAVRA CHAVE: Pantera Negra; cinema negro; produções audiovisuais.
QUE NOVO NORMAL É ESSE? – OS RECURSOS DIGITAIS NA RETOMADA DO ENSINO PRESENCIAL
Harian Pires Braga (Prefeitura Municipal de Campinas-UNICAMP)
RESUMO: Com a adoção de formas remotas de ensino por conta da emergência sanitária da Covid-19, diversas saídas para manter o mínimo de vínculos pedagógicos foram experimentadas por educadoras e educadores no Brasil. O tempo extenso de restrição às aulas presenciais, em muitos lugares chegando a mais de 18 meses, foi marcado por ações que buscaram articular o ambiente virtual com as necessidades de ensino e de aprendizagem postas, marcando senão uma nova forma de pensar o Ensino de História, ao menos questionando a pertinência das práticas mais tradicionais aplicadas. Nesse contexto, extremamente peculiar, o uso de ferramentas digitais passou a ser uma realidade constante, muitas vezes a única possível, mesmo quando o retorno presencial foi iniciado em 2021; o que também demandou uma adaptação e uma formação em serviço constantes por parte de nós, educadoras e educadores. Redes sociais, aplicativos de edição, programas de gravação de som e de imagem, sites de interação dentre outros tantos instrumentos foram utilizados com algum grau de sucesso. O retorno das atividades presenciais plenas, como antes da Covid-19, apresenta tanto desafios em mensurar as perdas sociais e pedagógicas enfrentada por estudantes, como a relevância dessas ferramentas digitais para o ensino em sala de aula, 100% presencial. Neste trabalho, um relato de experiência docente na Rede Municipal de Educação de Campinas-SP, reflito as possibilidades de uso desses aprendizados pandêmicos na construção de um ambiente educacional mais horizontal e participativo, convergindo para as demandas atuais de jovens e adultos em momento de escolarização.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História; pandemia, recursos digitais; metodologias atividades.
COMO O USO DO LABIN ENQUANTO RECURSO PEDAGÓGICO TEM RESISTIDO OS AVANÇOS DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NAS ESCOLAS
Adelson Barbosa dos Santos (PPGHispam-UFT)
RESUMO: O presente artigo, intitulado “como o uso do Labin enquanto recurso pedagógico tem resistido os avanços das tecnologias de informação nas escolas”, tem como objetivo analisar a utilidade dos laboratórios de informática, diante dos avanços das tecnologias de informação nas escolas públicas em pleno século XXI, tendo como ponto de partida para essa analise a escola estadual Professora Joana Batista Cordeiro, localizada na cidade de Arraias no interior do estado do Tocantins, tal analise se faz necessária, haja vista a grande difusão e portabilidade de aparelhos tecnológicos como exemplo os celulares, smartphone tablete e entre outros, uma vez que esses aparelhos oferecem as mesmas funções ou até mais modernizada do que os próprios laboratórios, contudo é notório que o uso desses estabelecimentos ainda é frequentemente associado ao ensino. Dessa forma analisar as disparidades entre o uso e os desusos dessas tecnologias torna – se de fundamental importância, bem como os aspectos que norteiam esses instrumentos enquanto recurso pedagógico.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias, ensino, informática, avanços.
A PRESENÇA NEGRA NA OURO PRETO OITOCENTISTA: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL ATRAVÉS DE UM MAPA DIGITAL
Janete Flor de Maio Fonseca (UFOP)
RESUMO: Onde está a população negra de Ouro Preto na segunda metade do Século XIX? Quais espaços urbanos habitava, trabalhava e construía sua existência? Como homens e mulheres negros se divertiam? O que produziam? Quais eram os seus rituais religiosos? Essas são algumas das perguntas que sustentam o projeto de Extensão “A Presença Negra em Ouro Preto no Século XIX: Educação Patrimonial através de um mapa digital”. Nosso objetivo central é realizar um levantamento da presença negra no espaço urbano da cidade de Ouro Preto, e através de um mapa digital visibilizar os territórios ocupados e construídos por esses homens e mulheres no século XIX. Realizamos oficinas de educação patrimonial para professores do Ensino Fundamental e Médio do município de Ouro Preto, e alunos dos cursos de licenciatura da UFOP. Nas oficinas compartilhamos a produção histórica sobre a população negra na cidade, e metodologias de investigação, e registro final, sistematizando tudo na realização de um mapa digital. Este projeto paralelamente faz uma reflexão sobre a mediação tecnológica no Ensino de História. Durante as oficinas realizamos visitas coordenadas pela cidade nas quais os professores trabalham em equipe, experimentando o uso pedagógico de aplicativos, redes sociais e plataformas de pesquisa online, para registro da visita, produção de material visual, verbetes, gravação de entrevistas, mapas de localização, e sua divulgação nas redes sociais. A conclusão do trabalho é a construção de um mapa digital apresentando as experiências vivenciadas na visita , e destacando a existência negra no território de Ouro Preto.
PALAVRAS-CHAVE:_______________________________
FEIRA QUE TE QUERO VER: USO DE RECURSOS MULTIMÍDIA NO DIÁLOGO ENTRE ENSINO DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM FEIRA DE SANTANA (BA) (2016-2019)
Juliano Mota Campos (Rede Municipal de Educação de Muritiba-Bahia)
RESUMO: Esta comunicação tem como objetivo analisar o uso de recursos multimídia enquanto um dos pilares do Projeto pedagógico Feira que te quero ver, atividade de educação patrimonial da rede municipal de educação em Feira de Santana (Ba). Para isso, faremos um breve histórico sobre o projeto, da participação das unidades escolares no mesmo, da preparação dos estudantes para o uso das tecnologias (desafios e possibilidades) e alguns exemplos do produto final confeccionado pelos discentes a partir de e-books, vídeos etc., sendo estas questões contempladas na baliza temporal de 2016 a 2019. Como fontes de pesquisa, selecionamos enquanto recorte para esta comunicação: plano de ação do projeto elaborado por docentes, e-books e vídeos produzidos pelos educandos, matriz curricular, entrevistas com a coordenação geral do projeto, docentes, discentes e membros do núcleo de tecnologia educacional do município. A pesar de tratar-se de um projeto interdisciplinar, nosso enfoque foi no uso dos recursos multimídia no diálogo entre o ensino de história e a educação patrimonial, para isso considerando as contribuições de Moran (2000), Bittencourt (2009), Schmidt (2009), Kenski (2012).
PALAVRAS-CHAVE: recursos multimídia; ensino de história; educação patrimonial; Feira de Santana.
UM OLHAR SOB A PERSPECTIVA DAS MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS: DA ANTIGA RODOVIÁRIA A MUSEU DE ARTE DE LONDRINA.
Larissa Salgado Chicareli José (UEL)
Renata Biaseto Campanucci (Municipal de Londrina-PR)
RESUMO: O presente ensaio busca abordar o relato de experiência em alunos do segundo e terceiro anos da Escola Municipal Professor Hélvio Esteves, localizado na cidade de Londrina, norte do Paraná. Para saber, as reflexões aqui apresentadas ocorreram durante o ano letivo de 2021. O ensino de história na fase inicial do ensino fundamental é de extrema importância para uma literacia histórica, sendo assim, foi abordado com os alunos o conteúdo de mudanças e permanências, com o objetivo de problematizar as transformações tanto físicas quanto de apropriação de uso do espaço, da antiga estação rodoviária à Museu de Arte de Londrina. Desta forma, atendendo aos componentes curriculares de acordo com a BNCC, privilegiou-se a interdisciplinaridade, tal trabalho foi uma parceria entre a escola e a Secretária de Cultura da cidade de Londrina realizado durante o evento da 15° primavera dos museus em comemoração ao processo de tombamento pelo Patrimônio Histórico Nacional do referido museu. Entre as atividades realizadas com os alunos, teve a roda de leitura da coleção do livro Gato Caixeiro de Leandro Magalhães, nesse livro um gato, personagem do Gato Caixeiro visita Londrina nos primeiros anos de (re)ocupação da cidade (1940), durante o passeio o gato se apaixona por uma gata e decide constituir sua família, a história pessoal do personagem se confunde com a história de construção da cidade. Após a roda de leitura, os professores utilizaram os recursos de fotografia para abordar as mudanças e permanências que ocorreram na cidade, bem como no prédio da estação rodoviária de Londrina, hoje Museu de Arte de Londrina. Após a exploração e debate das mudanças e permanências, os alunos construíram uma maquete para representar a antiga Estação Rodoviária e uma para o Museu de Arte. Ao final do trabalho, os alunos participaram e apresentaram os trabalhos realizados no evento da 15° primavera dos Museus que aconteceu de forma online, bem como participaram de uma roda de conversa pela plataforma GoogleMeet com o autor do livro.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História, ludicidade.
ENSINO REMOTO EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA NO ENSINO DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA
Luciene Ferreira da Cunha (SEDUC-TO)
RESUMO: Atualmente as medidas de isolamento sociais impostas por conta da pandemia de COVID-19 no território nacional forçou o fechamento das escolas e impediu com que atividades fossem realizadas através do ensino presencial. Dessa forma, o presente estudo realizou uma análise acerca dos trabalhos acadêmicos desenvolvidos durante o período de pandemia, especificamente ao ensino de ciências da natureza, na modalidade remota. Verificou-se a quantidade de produções sobre o tema de modo a analisar qualitativamente essas produções. Utilizamos a seleção de artigos científicos como metodologia para realizar uma pesquisa bibliográfica, levando em conta não só o número de trabalhos, mas também propondo uma análise sobre o material coletado, buscando o entendimento de como esse período de pandemia influenciou a produção acadêmica. As buscas por artigos foram realizadas em diversos repositórios científicos com a intenção de encontrar uma variedade de trabalhos que fizessem menção sobre o ensino remoto de ciências da natureza, exclusivamente no período da pandemia de COVID-19. O período escolhido para a pesquisa foi de março de 2020 a julho de 2021. Durante as buscas foram encontrados 241 artigos e, após definição do escopo da pesquisa, selecionamos 6 artigos para uma análise mais específica. Os resultados demonstram relatos sobre as dificuldades no ensino e na aprendizagem do ensino de ciências da natureza bem como a construção de novas metodologias de aprendizagem, principalmente com o advento de novas tecnologias.
PALAVRAS-CHAVE: Remoto; Ciências da natureza; COVID-19.
A LITERATURA NO ENSINO REMOTO: DESAFIOS EM PROMOVER O GOSTO NATURAL PELA LEITURA
Maria da Guia Marcolino da Silva (SEDUC-TO)
RESUMO: O presente estudo analisa a concepção de leitura literária durante o ensino remoto na cidade de Arraias localizada no Sudeste do Tocantins, terra turísticas das Serras Gerais, assim como os desafios encontrados por os educadores de Língua Portuguesa em promover o gosto natural pela leitura. Por meio de uma pesquisa de campo via formulário google, os professores dessa localidade citada, discorreram sobre as dificuldades no ensino de literatura no período em que as aulas presencias foram suspensas. Além disso, equipes escolares relataram sobre suas práticas de leitura no ano de 2020. Esse trabalho visa mostrar o resultado dessa pesquisa, em que os educadores se consideraram despreparados para um método de ensino à distância, e recorrer sobre a importância do saber literário, além de sinalizar possíveis meios para a prática do letramento.
PALAVRAS-CHAVE: Leitura Literária. Ensino não presencial. Acesso à Internet.
A UTILIZAÇÃO DE EMOJIS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA EM BUSCA POR AULAS MAIS LUDICAS E ATRATIVAS NO ENSINO MÉDIO
Manoel Silvino Alves Filho (UVA)
Israel Alves de Ananias Medeiros (UFMA)
RESUMO: Este trabalho tem como finalidade principal verificar se os emojis podem contribuir para aulas mais lúdicas no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de História, de modo a atender as novas demandas do ensino de História na educação básica no ensino médio. Tendo em vista que, os emojis são diversos pictogramas/ ideogramas, sendo uma imagem que passa a noção de uma palavra ou frase de sentido completo, com isso, introduzindo o aluno no contexto de construção do conhecimento histórico através da utilização das ferramentas digitais juntamente com sua realidade de socialização. Portanto, objetivou-se a construir a percepção do conhecimento histórico de forma lúdica com emojis, levando em consideração a realidade dos alunos imersos na tecnologia digital. A metodologia utilizada tem natureza qualitativa e ocorreu por meio de uma revisão bibliográfica em livros e artigos constantes em periódicos tais como: google acadêmico, Scielo, plataforma sucupira, além de, acesso em plataformas de audiovisual (Youtube, Vimeo, entre outras). Conclui-se que, a utilização dos emojis no ambiente de sala de aula apresentado de forma lúdica (jogos) pode possibilitar o conhecimento histórico, assim atendendo as demandas do ensino de História e na formação politica e social.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino; História; Emojis; Ludicidade
SÉRIES DE STREAMING E O ENSINO DE HISTÓRIA. A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS PEDAGÓGICOS SEM O PECADO DO ANACRONISMO.
Márcia Santos Severino (PPGH/UFG-SEDUC/DF)
RESUMO: A popularização do Streaming e das séries é muito presente na atualidade. Nesse contexto vemos que há uma diversidade de seriados que retratam determinados períodos históricos. Entre professores de História é comum utilizar tais séries como recurso didático para se retratar tais períodos, no entanto, não podemos esquecer que há nelas um elemento ficcional e que não é comprometimento de seus realizadores a fidelidade aos fatos históricos. Ora, sabendo-se que o professor de história é também um historiador questiona-se: É possível usar séries como recurso didático sem cairmos em anacronismos? Recentemente em uma aula de História dada ao 3º ano do ensino médio, ao retratar a Segunda Guerra Mundial, a professora de História recebeu alguns questionamentos que remetiam a popular e muito premiada série The Crown que retrata a vida da rainha Elizabeth passando por diversos fatos históricos importantes para o mundo e para a Inglaterra ocorridos durante sua vida, perpassando por diversas teorias e fatores de extrema importância. A professora, assistindo à série, se deparou com diversas apropriações de fatos históricos que considerou anacrônicas, no entanto, a constatação de que o programa era popular entre os estudantes impedia que ela não recorresse ao seriado e mesmo o utilizasse como recurso pedagógico. Diante de tais fatos é necessário o resgate do conceito de anacronismo na historiografia para chegarmos a um denominador comum entre ficção e fato histórico em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: Anacronismo; ensino de História; recursos didáticos; séries de streaming.
CINEMA, DITADURA CIVIL-MILITAR & ENSINO DE HISTÓRIA: NOTAS INTRODUTÓRIAS DE UMA PESQUISA COM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO
Luiz Paulo da Silva Soares (SEDUC/RS-UFPEL)
RESUMO: O presente trabalho tem por intuito apresentar algumas considerações iniciais acerca de um percurso investigativo que está sendo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), à nível de doutorado. O mesmo possui como objetivo identificar como os estudantes do Ensino Médio compreendem o período da ditadura civil-militar brasileira, cujas aprendizagens são mediadas a partir do cinema em sala de aula. Diante dessa problemática, os sujeitos partícipes do processo serão estudantes de quatro turmas do terceiro ano do Ensino Médio de duas escolas públicas da cidade do Rio Grande/RS, extremo sul gaúcho. Como instrumento de coleta de dados será empregado a aplicação de questionários semiestruturados, diário de campo do professor pesquisador e narrativas através de cartas, poemas e desenhos elaborados pelos estudantes secundaristas. Dessa forma, o estudo aqui apresentado configura-se como uma pesquisa de métodos mistos (GIL, 2019). Para realizar a análise dos dados, será empregada a análise de conteúdo proposta por Bardin (2012). Cabe destacar que o cinema, enquanto “produto cultural” (FERRO, 2010; FONSECA, 2012) estimula o conhecimento, amplia a imaginação e o compartilhamento de informações e saberes. O cinema, na condição de dispositivo formativo estético, proporciona a criação de um espaço de construção de novos conhecimentos por meio da reflexão, da curiosidade e criticidade.
PALAVRAS-CHAVE: Cinema; Ensino de História; Educação básica.
O ENSINO DE HISTÓRIA NA PANDEMIA EM PALMAS-TOCANTINS
Maria de Lourdes Leoncio Macedo (SEDUC-UFT)
RESUMO: Palmas, capital do Estado do Tocantins faz parte da Amazônia Legal e este é o lócus do estudo. O estudo objetivou narrar o ensino de história em tempos de pandemia na Educação Básica em Palmas, no ano letivo 2020. A metodologia utilizada é a da História Oral Temática com a participação de dois professores que atuam na disciplina de História, um no Ensino Fundamental e o outro no Ensino Médio. Os professores narram suas dificuldades em ensinar em tempos de pandemia, apontam que grande parte dos estudantes não possuem acesso aos meios de comunicação, não possuem internet em seus lares. Os entrevistados apontam que o momento ainda é de preocupação em relação ao contágio da Covid-19, recomendam a continuidade das aulas na modalidade de forma remota e o retorno após a vacina. Conclui-se que, mesmo em tempos de pandemia, professores e estudantes estão realizando as atividades educativas com todas as dificuldades.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História; Pandemia da Covid-19; História Oral.
OS RECURSOS DIGITAIS NA APRENDIZAGEM EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE HISTÓRIA EAD
Mauricio Nunes Lobo (UNIMES)
RESUMO: A internet tal como preconizada por Castells (1999) transformou-se atualmente em um grande espaço de comunicação, integrando diferentes mídias que atuavam em lócus separados, na assim chamada “grande rede”. A educação que já experimentava e almejava novos caminhos no processo de ensino aprendizagem (MORAN, 2008) se engajou neste novo meio através de recursos e tecnologias digitais da informação cada vez mais difundidas e acessíveis (KENSKI, 2007). Este processo alavancou a conhecida quarta geração da educação a distância, através do uso de computadores e da internet de banda larga permitindo a interação síncrona e assíncrona entre professores e alunos a distância (SILVA, 2012; OLIVEIRA, 2003). A criação e difusão de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) contribuiu significativamente na aprendizagem online a distância (BARBOSA, 2005), mas as limitações de recursos percebidos nestes espaços de ensino e aprendizagem voltou a preocupação de educadores e especialistas em tecnologia para o desenho instrucional destes ambientes (FILATRO, 2008; SANTOS e SILVA, 2009). Há mais ou menos uma década atrás o desenho instrucional e os recursos eram criados especificamente para cada AVA: MOODLE, BLACKBOARD, etc. o que se de um lado dirigia a resolução de problemas, por outro limitava ainda mais os usuários ao exclusivismo da plataforma. Nos dias atuais de internet na “palma da mão” há uma multiplicidade de recursos digitais disponíveis para aprendizagem em qualquer área ou nível. Há mais de uma década atuando em um curso de formação de professores em História à distância online, nosso objetivo é evidenciar os caminhos percorridos e os recursos digitais utilizados no processo de ensino aprendizagem dos educandos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação à Distância; Ensino de História; Objetos de Aprendizagem; Recursos Digitais.