EIXO TEMÁTICO 3 TECNOLOGIAS DIGITAIS, MÍDIAS E SOCIEDADE
Coordenadores:
Ms. Luiz Gustavo Martins da Silva (PPGHIS-UFOP)
E-mail: luiz.martins@aluno.ufop.edu.br
Ms. Kaian Luca Perce Eugênio (PPGHIS-UFOP)
E-mail: kaian.eugenio@aluno.ufop.edu.br
Tema Central: os desafios e as potencialidades abertas para as relações entre tecnologias digitais, mídias sociais e sociedade
Resumo: A premissa é a de que se faz necessário adequar as tecnologias e mídias digitais submetendo-a a um processo mais democrático. Ao debate acerca da democratização da tecnologia se propõe uma teoria crítica da tecnologia, significa pensar com criticidade seus usos e apropriações, e considerar a tecnologia como estruturas para estilos de vida. A presença cada vez maior de perfis produtores de conteúdo digitais na área de humanidades e a atuação de profissionais da educação e de historiadores nas mídias digitais são notórias. Aplicativos e redes como Instagram, Facebook, Twitter, Linkedin,Telegram, Youtube, Tik Tok etc são lócus para a construção de conhecimento e divulgação da ciência e espaço não formais educativos. A cultura dos algoritmos têm modificado a experiência das pessoas com o acesso às informações e ressignifica as linguagens. Os espaços formais de escolarização e relações sociais e o questionamento das formas tradicionais de pensamento nas sociedades atuais necessitam de debates aprofundados. Dessa forma, este Eixo Temático convida pesquisadores que estudam as relações entre Tecnologias Digitais, Mídias e Sociedade, assim como as relações entre ensino e pesquisa na área de Educação, História, Humanidades Digitais e da Ciência da Informação e Comunicação.
Objetivos:
-
Problematizaremos o conceito de tecnologias digitais, seus usos e apropriações;
-
Analisaremos as possibilidades da Tecnologia da Informação e Comunicação para a pesquisa e o desenvolvimento das humanidades digitais;
-
Discutiremos as mídias sociais como espaço humanizado, problematizando a relação entre elas e o consumismo;
-
Abordaremos a formas de democratização e cidadania tecnológica e digital;
-
Discutiremos o acesso à informação no ciberespaço;
-
Debateremos o conceito de apropriação ligado às tecnologias digitais.
-
Analisar as mídias sociais na relação com o ensino e a construção do conhecimento.
Público-alvo: Professores Universitários, Professores da Educação Básica, Discentes de graduação e pós-graduação na área das humanidades, Jornalistas, Cientistas de Dados.
QR Code 1ª e 2ª seção
QR Code 3ª e 4ª seção
Coordenadores
Prof. Ms. Luiz Gustavo Martins da Silva
Doutorando PPGHIS-UFOP
Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1894416580769349
Prof. Ms. Kaian Luca Perse Eugênio
Mestre PPGHIS-UFOP
Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9909743633435218
“WORKING TO PAY MY BEER”, “MOTOROCKER, A LENDA” E “O GUERREIRO”: ANÁLISE DE ROTEIROS DE MASCULINIDADES PERFORMADAS NOS VIDEOCLIPES DAS BANDAS PARAENSES DE HEAVY METAL DNA, STRESS E ROOSEVELT BALA NO TEMPO PRESENTE (2015-2019)
Bernard Arthur Silva da Silva (PPGCOM/UFPE)
RESUMO: Esse é um trabalho sobre as representações da masculinidade em “Working To Pay My Beer” (2015), “Motorocker, a Lenda”(2019) e “O Guerreiro”(2018), videoclipes das DNA, Stress e Roosevelt Bala, bandas/músico da cena paraense de heavy metal (2015-2019). Eles foram lançados, gestados no YouTube e produzidos de modo independente, para divulgarem, respectivamente, “Love And Hate”(2015) e “Devastação”(2019), álbuns das DNA e Stress, além de comemoração dos 40 anos de carreira de Roosevelt Bala. O intuito é analisar os roteiros de masculinidades performadas pelos trabalhador, motoqueiro e guerreiros, personagens das narrativas audiovisuais, em momentos divididos entre os espaços do trabalho, bar, fortes e prisões em Belém-PA, junto as rodovias imaginárias de territórios desérticos. Trago os conceitos de cena decolonial (QUEIROZ, 2019, 2021; SILVA, 2018) masculinidade (CONNEL, 2005; JANUÁRIO, 2016), branquitude (DYER, 1997; MULLER; CARDOSO, 2017), gênero (CONNELL; PEARSE, 2015), interseccionalidade (BOLA, 2020; DAVIES, 2016; CONNELL, 2005), videoclipe como produto da cultura midiática e “pós-MTV” (SOARES, 2013; PEREIRA DE SÁ, 2016), performance (TAYLOR, 2013) e escutas conexas (JANOTTI JR, 2020), além dos métodos de análise de videoclipes indicados por Soares (2013, 2014), para fundamentar as dúvidas da investigação: Quem são esses corpos mostrados nesses produtos midiáticos? Quais marcadores sociais definem suas identidades, suas masculinidades? Como elas são construídas? Como as representações de outros corpos presentes e, ausentes nos clipes, relacionam-se com essas construções?
PALAVRAS-CHAVE: Cena; Interseccionalidade; Masculinidade; Performance
“FAKE NEWS” ENQUANTO ESTRATÉGIA MIDIÁTICA NA VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO. Eixo
Maria Cecilia Takayama Koerich (PPGHIS-UFSC)
RESUMO: Este trabalho busca problematizar a utilização das “fake news” nos meios midiáticos e a sua relação com o cenário político contemporâneo nacional. Destaque aos casos envolvendo a violência política de gênero, evidenciada nas disputas eleitorais em que mulheres foram alvos de notícias fraudulentas durante o período de sua candidatura. O machismo, assim como, outros preconceitos são elementos que fundamentam muitas das produções fraudulentas direcionados as mulheres. Principalmente aquelas que não correspondem a um perfil essencialista e romântico do “ser mulher” e ousam buscar inserção em espaços-tempo, historicamente ocupados por homens. Desta forma, elaboramos uma análise em relação aos ataques midiáticos, promovidos por meio das “fake news” direcionados a Manuela D`ávila, durante a sua candidatura a vice-presidente da república em 2016, e, na sua candidatura a prefeita de Porto Alegre/RS em 2020. Vale destacar, que a produção de “fake news” e sua utilização para desqualificar sujeitos não é algo recente em nossa história, mas com os avanços tecnológicos e midiáticos, o impacto das noticias fraudulentas ganham uma amplitude ainda maior. Sabe-se que a presença de mulheres no meio político em que há compartilhamento de poder e decisão, ainda coloca-se enquanto um desafio a ser enfrentado em nosso país. Desta forma, buscamos promover um debate sobre a presença das mulheres no espaço político, a resistência a sua presença neste lócus e a utilização midiática das “fake news” como estratégia de violência política de gênero.
PALAVRAS-CHAVE: violência política de gênero; ”fake news”; eleições.
ÂNGELA MARIA NA COLUNA FLAGRANTES, DA REVISTA DO RÁDIO
Raimundo Cézar Vaz Neto (PPGHIS-PUC/RS)
RESUMO: Antes que a televisão se solidificasse no Brasil, o rádio foi o aparelho transmissor de educação, informação e apresentações dos ídolos radiofônicos. Para falar dos seus astros e dos acontecimentos, inaugurações de outras emissoras e premiações regionais país afora, Anselmo Domingos inaugurou a Revista do Rádio, que circulou no país entre 1948 e 1970. Dentro desse periódico disponível no acervo da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, que fundamenta nosso método, destacamos a coluna Flagrantes do Rádio, depois apenas Flagrantes, com suas fotos e pequenos textos, principalmente na década de 1950. Para isso, selecionamos 11 notas para a cantora Ângela Maria, em que ela aparece com outros artistas da época como Carmen Miranda, Marlene e Inezita Barroso, além de outras imagens ao lado dos fãs e do apresentador Manoel Barcelos. Temos os seguintes objetivos: Como apresentam a artista nessa coluna? Nas imagens com os fãs, o que eles fazem para elevar o nome de Ângela? Quem eram os colegas de rádio e os que as imagens conjuntas queriam dizer? A Revista do Rádio era de consumo para o grande público, ficando atrás apenas da revista O Cruzeiro, e podia ser adquirida por assinatura ou compra avulsa nas bancas, como nos diz Thomaz Souto Corrêa (2012). Sua linha editorial era de informar e contrainformar sobre a vida dos artistas, como pontua Alcir Lenharo (1995). Como resultado, pontuamos que esse consumo provocado, enquanto imagem para alguns lugares distantes dos grandes centros urbanos da época, tinha na RR, a primeira revista para falar apenas no rádio, em um primeiro momento, seu único meio de “conhecer” seus ídolos, que eles ouviam e acompanhavam através das ondas sonoras.
PALAVRAS-CHAVE: Revista do Rádio; Flagrantes do Rádio; Ângela Maria.
CORPOS MARCADOS NA IMPRENSA DIGITAL: OS CASOS DE FEMINICÍDIO, (IN) VISIBILIZADOS NO MARANHÃO.
Rebecca Kauanne Mourão Mendes (CESC-UEMA)
Jakson dos Santos Ribeiro (CESC/UEMA)
RESUMO: A pesquisa apresenta os resultados parciais do projeto de pesquisa de Iniciação Cientifica do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/UEMA/FAPEMA: “Representações dos corpos marcados na imprensa digital: os casos de feminicídios, (in) visibilizados no Maranhão”, com o seguinte plano de trabalho “FEMINICÍDIOS E VIOLÊNCIA CONTRA MULHER PRESENTES NA MÍDIA E IMPRENSA DA HISTÓRIA NO TEMPO RECENTE NO MARANHÃO: CORPOS MARCADOS, DADOS REGISTRADOS E CASOS INVISIBILIZADOS ENTRE 2016 A 2020. Assim, a pesquisa, busca pensar como as tecnologias/ ferramentas digitais se tornaram um terreno fértil para pensar as dimensões da violência contra, tanto para realização da denúncia como uma forma de combate ao silêncio que também se torna um instrumento de violência contra as mulheres. A violência contra mulher se estabelece como um problema social que deve ser combatido por todos, assim ao traçar um perfil do agressor é possível constituir medidas de enfrentamento. Assim, a partir do método da Netnografia, aponta se como uma forma de compreender como essas notícias, sobre a dimensão da violência da mulher se estabelecem, através do discurso midiático. Nesse sentido, o uso do aporte teórico da história do tempo presente, história e mídia, como também o diálogo interdisciplinar com a sociologia e antropologia serão preciosos para captura dos dados em relação a violência contra mulher e os casos de feminicídios no Maranhão, divulgados através da imprensa digital e demais mídias.
PALAVRAS-CHAVE: Violência; Feminicídio; Netnografia; Imprensa Digital.
(RE) PENSA HUMANIDADE: PLATAFORMA EDUCACIONAL DE SUSPENSÃO DESTA HUMANIDADE
Ana Laura de Morais Uba e Barbosa (UFOP)
RESUMO: A (RE)pensa Humanidade, é uma plataforma virtual que vem sendo construída por um núcleo de Extensão da Universidade Federal de Ouro Preto, parte do Departamento de História, composto por alunos da pós-graduação e graduação. Tem o intuito principal de democratizar e visibilizar o acesso à perspectivas e particularidades da permanência e resistência de povos originários de Abya Yala. Precisamente, atua-se com a elaborações de conteúdos de cunho pedagógico, voltados as chamadas “Temáticas indígenas” ou “Histórias Indígenas”, propostos a ampliar essas categorias, demostrando à mudança prática e deslocamentos teóricos. Apoiados pelas teorias pós-coloniais, decolonial e anticolonial, e sobretudo por olhares originários diante os mais diversos tensionamentos à convivialidade do presente, com entranhas na sobreposição de saberes, poderes e representações. Partindo do olhar e referências próprias destes povos que produzimos conteúdos que ressignifique e rememore a consciência histórica e a memória coletiva impostos nesta sociedade que vem sendo oficialmente divulgados com contínuo exotismos, estereótipos pejorativos e subalternização dos corpos, etnias e histórias indígenas, sem protagonismo na História Oficial. Além de comportar como uma tentativa de amenizar as negligências em torno da exequibilidade da aplicação da lei 11.645/08, proporcionando a professores, alunos e demais públicos a acessarem um material gratuito e bem articulado as demandas e interpretações originárias diante suas contribuições, resistência e existência dentre o núcleo das humanidades. Acreditamos e colaboramos com a retomada de saberes e conhecimento destes povos, que são construídos com afetos, movimentos coletivos e articulações autônomas e colaborativas para que seja precisa a visibilidade e potencial indígena para além de auto-inscrição, revelar a nos outros da sociedade outras possibilidades de experiências e uma convivialidade que talvez resgate a humanidade utópica do Antropocentrismo.
PALAVRAS-CHAVE: Povos Originários no Brasil; Conteúdo virtual; Descolonização;
O AUDIOVISUAL NO PROCESSO MEDIÁTICO DA EDUCAÇÃO
Laurinei Izidio Soares Macedo (UFT)
RESUMO: O seguinte artigo apresenta opiniões que são sustentadas em experiencias de campo, realizadas na produtora independente de audiovisual Kalungriot, um canal com objetivos de transmitir histórias, vivencias, realidades e ensinamentos ancestral nos espaços de mídia e tecnologia digitais com foco em documentar representações presentes de comunidades tradicional e outros. Nessa crítica construtiva é abordado questões que dificulta a permanecia das comunidades em seus espaços digitais. Na descrição temos um olhar voltado para o debate do audiovisual como ferramenta educativa e inclusiva das particularidades culturais e social das comunidades tradicionais juntamente com as tecnologias na educação.
PALAVRA-CHAVE: educação, audiovisual, política e deveres.
COMUNICANDO EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO UM JORNAL ESTUDANTIL DIGITAL NO IFPB CAMPUS CATOLÉ DO ROCHA
Luciana Carlos Geroleti (IFPB)
Kaique Vieira Soares (IFPB)
Heloísa de Sá Santos (IFPB)
RESUMO: Essa proposta de comunicação visa dialogar sobre a experiência de construção de um jornal estudantil digital no IFPB campus Catolé do Rocha (https://comunicaifpbcatole.wordpress.com/). Oriunda de uma demanda surgida nas aulas de História sobre a necessidade de comunicar sobre a história local, o jornal acabou se transformando em um importante instrumento de aprendizado entre os alunos do campus. Os colunistas (alunos do 1º ano ao 3º ano do Ensino Médio Integrado em Informática e em Edificações) escreveram sobre matérias diversas: história local, política, tecnologia, mundo virtual, música, resenhas de filmes, livros e séries, entre outros. Já os professores participantes, contribuíram com dicas da sua disciplina, dicas de redação, doses de filosofia, entre outros. Como se verá, tratou-se de uma importante experiência de aprofundamento das matérias aprendidas em aula, bem como de novas possibilidades do uso de recursos digitais no ensino de História.
PALAVRAS-CHAVE: Jornal digital; História; Mídias
HISTORIADORES EMPREENDEDORES? QUESTIONANDO A HISTORIOGRAFIA E O CONCEITO DE HISTÓRIA NA WEB 2.0
Luiz Gustavo Martins da Silva (PPGHIS-UFOP)
Kaian Lucca Perce Eugênio
RESUMO: o conceito de História pode ser apreendido em duas chaves interpretativas: uma, a da produção historiográfica especializada nas instituições de ensino. Outra, que não está intrínseca à historiografia acadêmica. Essa segunda interpretação liga-se à constatação de uma necessidade de se consumir histórias. Por exemplo, gêneros como o cinema, a literatura, o jornalismo, os games, os patrimônios e museus, entre outros, utilizam-se do conceito de História para produzir conhecimento. Na área da tecnologia, as Big Techs (Apple, Metaverso, Google, Tik Tok) ao utilizarem o conceito de História se afirmam como grandes conglomerados empresariais lucrativos e guardiãs do conceito. Sabe-se que nas redes sociais e mídias digitais a dinâmica é agradar pessoas e algoritmos, por exemplo, por meio da persuasão, e isso implica o estabelecimento de uma relação de poder. A hipótese nesta comunicação é a de que a ciência e a historiografia, em alguma medida, estão longe de persuadir as pessoas com o formato de conteúdo produzido atualmente, inclusive no ciberespaço. Nesse sentido, algumas questões se impõem: como a historiografia deveria se posicionar frente à necessidade das pessoas? A historiografia tem contado história? A História permite apresentar outras formas de conteúdos históricos menos tradicionais? Como nós historiadores vamos nos comunicar melhor com o grande público? Como contar história na Web 2.0 e no Metaverso? Não tem havido certo sentido para determinados públicos. Não tem se conseguido criar significado para parcela da sociedade. Não tem se conseguido criar nas pessoas empatia pelo conhecimento histórico e pela História. A presente proposta de comunicação, com as afirmações provocativas anteriores, é um convite para pensarmos a produção de conteúdo acadêmico e a própria historiografia enquanto conteúdo histórico. Espera-se contribuir com reflexões atinentes à área de História e afins como Humanidades Digitais e a História Pública, e abrir possibilidades de pesquisa sobre o tema em questão.
PALAVRAS-CHAVE: História; historiografia; web 2.0; história pública.
AS BIBLIOTECAS TRADICIONAIS E BIBLIOTECAS DIGITAIS
Marcelo Werneck de Souza Saraiva (PPGhispam)
RESUMO: O homem sempre buscou registra a vida cotidiana, as emoções, os sentimentos e suas pesquisas em diversos materiais. Desde a antiguidade até idade moderna, houve vários tipos instrumentos, que serviram de suporte para escrita: pele de animais (pergaminho), caule de plantas (papiro), tábula de argila e o papel. Todos estes suportes necessitavam serem armazenados e organizados em espaços, chamado de bibliotecas, as bibliotecas surgiram para guarda do conhecimento produzido, prédios gigantescos, às vezes subterrâneos, em outros momentos ficavam localizados em torres das igrejas ou universidades e sempre restrito ao pequeno e seleto público. Na idade contemporânea, surgiu uma maquina desenvolvida pela empresa IBM, denominado de computador pessoal, este equipamento que realiza várias operações através dos sistemas operacionais, permitindo: criar planilhas, gerar apresentações, produzir textos, automatizar serviços, entre outros. Este equipamento conectado a uma operadora de telefonia, realiza a comunicação como outro computador, criando assim uma rede de computadores, através da word, wibe e web (www), ou seja, a internet. A tecnologia de informação e comunicação permitiu que surgissem sites de todos os tipos: comerciais, pessoais e institucionais. As pessoas podem criar e disponibilizar: imagens, sons, vídeos e textos, com isso, percebe-se que existe outro tipo de biblioteca, denominada de biblioteca digital, localizada no ciberespaço. Diante disso, como objetivo principal da pesquisa será demonstrar o conceito de biblioteca tradicional e biblioteca digital. Para viabilizar esta investigação, faremos uma pesquisa bibliográfica.
PALAVRAS-CHAVE: Biblioteca; Tecnologia de Informação e Comunicação; Internet; Ciberespaço; Biblioteca Digital.
A CONSTRUÇÃO DOS RUSSOS COMO INIMIGOS DO “OCIDENTE” EM CALL OF DUTY 4: MODERN WARFARE (2007)
Ruggiero Moreira (UPF)
RESUMO: A partir de meados do século XX, com o crescimento exponencial da exploração e utilização da computação e de aparelhos eletrônicos, o mundo vislumbrou a criação dos jogos digitais, que caracterizam-se por utilizar os seus recursos (áudio, visual e interatividade) para a construção de suas narrativas. A partir dos anos 2000 o recrudescente número de jogadores e jogadoras, a criação e profissionalização de campeonatos de e-sports (esportes eletrônicos), entre outros fatores mostraram que os jogos digitais adentravam o século XXI como uma mídia já consolidada, chegando a ter rendimentos que superam a indústria do cinema. Embora os jogos possuam uma vasta diversidade de mecânicas e gêneros, um dos que irá se destacar no mercado será o dos First Person Shooters (FPS), que tem seu foco na temática de guerra. Embora um dos temas recorrentes dos FPS seja a Segunda Guerra Mundial, o esgotamento narrativo desse tema nessa mídia, bem como, a conjuntura geopolítica do mundo pós 11 de Setembro, contribuíram para uma mudança paradigmática na narrativa e temática dos jogos, que começaram a apresentar e representar uma “guerra moderna”, construindo uma imagem sobre a guerra no século XXI. Um dos exemplos que demonstra essa guinada dos FPS foi Call of Duty 4: Modern Warfare (ACTVISION, 2007), um jogo de uma das franquias de maior visibilidade e sucesso da indústria. Como um produto cultural, os jogos digitais, constroem suas representações pela e para a sociedade a qual estão inseridos, logo, neste trabalho objetivamos com o auxílio da semiótica peirceana compreender a construção dos símbolos e representações das “forças do Ocidente” e de seus inimigos no jogo Call of Duty 4: Modern Warfare (ACTVISION, 2007).
PALAVRAS-CHAVE: Guerra Moderna; História; Jogos digitais; Representação.
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS NA PRESERVAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Daniela Simiqueli Durante (PPGHIS-UFES)
RESUMO: O presente trabalho tem como principal objeto de análise o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – APEES. Aborda sobre o histórico do Arquivo e seu processo de preservação e acesso a gestão documental da instituição. Considerando que a memória é um bem público e de capital importância para a construção da verdade e da história, esse artigo, por meio de revisão bibliográfica, enfatiza que o acesso à informação é responsável por ações modificadoras do indivíduo na sociedade, como também busca analisar o acesso à informação pública transmitida por um arquivo, seu processo de preservação e conservação e pleno acesso ao acervo.
PALAVRAS-CHAVE: APEES; acesso à informação; documentos
AS REPRESENTAÇÕES DIGITAL E IMPRESSA DA DEMOLIÇÃO DO HOSPITAL ESPÍRITA DE PSIQUIATRIA BOM RETIRO FEITAS PELO JORNAL GAZETA DO POVO (2012 - 2015)
Rafaela Paula da Silva (PPGE-UFPR)
RESUMO: O Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro foi inaugurado em 1945, na cidade de Curitiba – PR. Inicialmente chamava-se Sanatório Bom Retiro e foi concebido como uma instituição beneficente mantida e administrada pela Federação Espírita do Paraná (FEP). Embora, atualmente ainda funcione e atenda inúmeros pacientes passou por várias mudanças ao longo de décadas. Em 1980 o nome, a gestão direta da instituição e sua linha de atuação foram alteradas, alguns anos mais tarde a sede original foi demolida e o hospital transferido para outro endereço (2012). Como o edifício, seus múltiplos pavimentos e o terreno entorno formavam um conjunto arquitetônico com características próprias do sistema sanatorial, existiram na época algumas objeções a demolição. Em especial, este texto analisa como o Jornal Gazeta do Povo se colocou, representou e divulgou esse processo, entre os anos de 2012 e 2015, nas notícias de suas versões impressa e digital. Para tanto, o conceito de representação, a análise de discurso e de imagem amparam as reflexões e possibilitam a contraposição entre conteúdo e suporte nestes dois diferentes formatos. Conclui-se que houve uma clara oposição a destruição do edifício associada a continuidade discursiva, mesmo os textos tendo sido escritos por diferentes jornalistas. Nesse sentido as imagens serviam para ilustrar e fortalecer os principais argumentos apresentados. Na versão digital existiam mais imagens e links, enquanto na versão impressa menos e, certas vezes, mais texto.
PALAVRAS-CHAVE: jornal; impresso; digital; representação; arquitetura sanatorial
O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO DOS CRIMES CIBERNÉTICOS NA SOCIEDADE: DA TIPIFICAÇÃO À QUESTÃO MIDIÁTICA
Carlos Henrique Machado Borges (MICROLINS/FACMAIS)
RESUMO: A pesquisa parte da hipótese de que a legislação, apesar de ter avançado muito nos últimos anos, criando novos dispositivos e se atentando a rápida expansão do mundo virtual, ainda não consegue prevenir e proteger a sociedade de todos os perigos provenientes do ambiente virtual. Fomentando a discussão a respeito das leis 12.737/12 e 12.965/14 e mostrando como a jurisdição brasileira se comporta a respeito dos crimes cibernéticos. Busca-se explicitar de forma concisa os principais pontos das leis trabalhadas e mostrar a importância de dispositivos jurídicos que visam a proteção dos direitos do indivíduo em âmbito virtual. Mostraremos o que aduzem Emerson Wendt e Higor Vinicius Nogueira Jorge, sobre os crimes cibernéticos. Também será mostrado o andamento da democracia digital pela ótica de Wilson Gomes, que é o referencial teórico, das teorias da sociedade e exceção. (JORGE, WENDT, 2013; GOMES, 2018). Outro ponto de relevância é citar, explicar e exemplificar de que forma agem aqueles que praticam condutas virtuais tipificadas no Código Penal, como são esses crimes cibernéticos. Além disso, em qual estado se encontram os crimes cibernéticos na atual sociedade e qual a projeção dos mesmos para os próximos anos, tendo por base uma perspectiva critica do crime segundo ZAFFARONI (2013).
PALAVRAS CHAVE: crimes cibernéticos; sociedade e criminologia midiática; Lei Carolina Dieckman; marco civil da internet; metaverso
RACISMO E MÍDIAS SOCIAIS: COMO O DIREITO DIGITAL PROTEGE OS CRESCENTES CASOS DE RACISMO NAS REDES.
Raphaela Pires Teodoro (PPGD-UNB)
RESUMO: As mídias sociais são instrumentos de comunicação cada vez mais utilizados ao redor do mundo. Ao passo que rompe a barreira da distância e proporciona agilidade de informação, nem sempre reais, razão pela qual todo indivíduo possui uma opinião formada acerca de um vasto leque de assuntos. Há, neste ínterim, uma sensação de liberdade de expressão que é utilizada às avessas. O discurso de liberdade é determinado por pessoas que veem na brecha digital, espaço propício para trazer à baila discursos muitas vezes rasos e sem fundamentação científica, proporcionado pela agilidade de informação acima citada. A dita liberdade de expressão dá vasão ao discurso de ódio em um sentido amplo, que visa diminuir as lutas/vivências de grupos minorizados, que aqui será analisada pela perspectiva racial. A análise que visa compreender o fenômeno do racismo no espaço digital, utilizará uma revisão bibliográfica da Lei Geral de Proteção de Dados, a Jurisprudência brasileira e dados oficiais acerca de denúncias de racismo nas redes sociais, a partir da exposição do processo de construção do corpo negro na sociedade brasileira.
PALAVRAS-CHAVE: Mídias Sociais; Internet; Racismo; Discurso de Ódio; Liberdade de Expressão.
O CIBERATIVISMO PALESTINO: A COMUNICAÇÃO DIGITAL COMO BASE PARA CONQUISTA DO APOIO INTERNACIONAL
Vitória Paschoal Baldin (PPGCC-USP)
RESUMO: A presente pesquisa, em estágio inicial, se propõe a refletir sobre o desenvolvimento histórico do ativismo digital palestino. Objetiva-se compreender as maneiras pelas quais as novas tecnologias de comunicação e informação possibilitam a construção de novas frentes de enfrentamento em relação ao conflito palestino-israelense. Para tanto, parte-se da revisão da bibliografia pertinente, traçando um panorama histórico da utilização das novas mídias de comunicação e informação para o desenvolvimento de um ativismo palestino com foco na comunidade internacional. Argumenta-se que a mobilização de comunicações — visuais e verbais — por parte da comunidade palestina e seu apoiadores, com a utilização do inglês e hashtags de repercussão internacional, têm se configurado como umas das principais estratégias de ativismo palestino contemporâneo, demandando por apoio internacional à causa nacional.
PALAVRAS-CHAVE: Ciberativismo; Ativismo transnacional; Conflito palestino-israelense; Militarismo digital; Mídias sociais.
PROLIFERAÇÃO DE DISCURSOS DE ÓDIO NO INSTAGRAM: UMA ANÁLISE NETNOGRÁFICA DA PÁGINA “O SENTINELA OFICIAL”
Lucas Bitencourt Fortes (ULBRA)
Ricardo Silva da Silva (ULBRA)
RESUMO: As mídias digitais e recursos tecnológicos permeiam os processos de comunicação e a vida social no atual contexto. Nesse sentido as redes sociais operam na atualidade e configuram-se como espaços onde circulam discursos e onde são produzidos significados imbricados em relações de poder. O Instagram destaca-se, sobretudo, como local de construção de conhecimento e divulgação de ideias, representando assim uma pedagogia cultural, produzindo novos modos de viver na contemporaneidade. Desta forma cabe investigar os discursos gestados nesta plataforma, onde há a naturalização de temas como antissemitismo, racismo, xenofobia e homofobia, entre outros. Assim, se propõe neste artigo, a partir do campo dos Estudos Culturais, analisar a página de Instagram “O Sentinela Oficial”, que se autodenomina como “Mídia crítica Independente”, onde tais temas são perceptíveis nas publicações da página e nos comentários feitos por seus seguidores. Para fins de realização desta análise se fará uso da metodologia de netnografia, no intuído de mapear as dinâmicas no processo de comunicação entre os membros da página, e fundamentando-se em autores como Henry Giroux, Robert Kozinets e Michel Foucault.
PALAVRAS-CHAVE: Instagram; Pedagogia Cultural; Tecnologias e Mídias Digitais; O Sentinela.