EIXO TEMÁTICO 4 ENSINO DE HISTÓRIA, MÍDIAS E GAMIFICAÇÃO
Coordenadores:
Ana Paula Vicentim (Mestranda PPGHispam- UFT)
E-mail: anapaulavicentim067@gmail.com
Maria Aparecida Pires Ribeiro (Mestranda PPGHispam- UFT)
E-mail: maria.pires@uft.edu.br
Tema Central: O uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) com ferramenta pedagógica no ensino de História
Resumo: Considerando o crescimento significativo das tecnologias digitais nas duas últimas décadas e considerando que o cenário educacional tem sofrido diversas transformações ancoradas no uso dessas tecnologias. Este Eixo Temático visa reunir estudantes, professores e pesquisadores das demais áreas das ciências humanas que tenham como centro de suas investigações as diferentes mídias no ensino de História. Abrangendo uma discussão em torno da diversidade de instrumentos didático-pedagógicos que podem ser utilizados no processo de ensino-aprendizagem. Neste momento em que a educação tem se apropriado de novas tecnologias, de mídias sociais e games, visando potencialidades, com o objetivo de tornar o aprendizado mais dinâmico, interativo, construtivo e de fácil assimilação para os alunos, além disso, as metodologias ativas oferecem a autonomia ao aluno, colocando-o no centro do processo de aprendizagem. A incorporação da tecnologia na educação colaborou com o desenvolvimento de metodologias de ensino inovadoras, as quais buscam estimular a participação do aluno e o desenvolvimento de habilidades e competências necessárias para a vida no século 21, como é o caso da gamificação. Desta forma promover o debate a respeito dos desafios propostos por esta realidade que se impôs, colabora de forma importante, para que seja possível, lançar olhares a respeito das possibilidades que se descortinam, a partir do vínculo entre História e ensino, mediado por plataformas digitais e da experiência do on-line e remoto no processo de ensino-aprendizagem. Além de propor uma discussão e trocas de impressões, acreditamos que este processo de modificação apresentado nesta relação intermediada pelos ambientes virtuais, propõem um conjunto de questões como: quais os desafios inerentes a prática docente, a produção e o sentido da História e sua difusão na sociedade contemporânea. Promovendo assim um momento formativo, propiciando importante troca de conhecimento, objetivo central de toda e qualquer atividade acadêmica.
Objetivos:
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Ampliar o debate em torno da diversidade de instrumentos didáticos-pedagógicos que podem ser utilizados no processo de ensino-aprendizagem;
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Promover o debate a respeito dos desafios propostos pela incorporação da tecnologia na educação;
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Abordar temáticas como gamificação no processo de ensino-aprendizagem;
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Analisar o uso de aplicativos e softwares no ensino de história;
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Promover um momento formativo e de troca de experiências.
Público-alvo: Professores Universitários, Professores da Educação Básica, estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores das demais áreas da Ciências Humanas que pesquisem sobre a temática.
Coordenadoras
Prof.ª Maria Aparecida Pires Ribeiro
Mestranda PPGHispam-UFT
Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1510337550880707
Prof.ª Ana Paula Vicentim
Mestranda PPGHispam-UFT
Link Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0543659918219761
O POTENCIAL DOS MEIOS DIGITAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: A CULTURA EM FOCO NA SALA DE AULA DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Amaro José de Souza Neto (UFRJ)
RESUMO: A presente pesquisa pretende debater o uso de acervos digitais com temáticas relacionadas a cultura e a sociedade no ensino de História para a Educação Básica. O marco temporal será a segunda década do século XIX, passando pela abolição até o começo da Primeira República, mais especificamente a partir de meados de 1880 e as duas primeiras décadas do século XX. Através de uma perspectiva pedagógica, influenciada pela metodologia dialética e a pedagogia histórico-critica, tem como objetivo dar mais sentido aos conteúdos curriculares por meio do uso de recursos audiovisuais em sala de aula. O espaço escolar tem a frente hoje muitos novos desafios trazidos pelos impactos da tecnologia nas relações, entre as pessoas e o mundo ao redor. Utilizar a parte proveitosa desses recursos e de maneira responsável pode contribuir para fomentar a reflexão, fortalecendo a escola como local de construção de conhecimento concreto. O cenário da pandemia acelerou um processo de digitalização mundial que já vinha acontecendo e impacta na educação. Na pesquisa, serão utilizadas fontes primárias para exemplificar determinados contextos, buscando demonstrar como se davam as relações entre esses grupos. O estudo se insere no campo da História Social das culturas populares, utilizando como referencial as classes de menor renda e suas representações culturais ou religiosas, buscando sugerir problemáticas relacionadas ao tempo presente dos estudantes, discutir determinadas origens, formações e problemas seculares do Brasil. A maior parte do acervo de fontes utilizado será o fornecido pela Hemeroteca Digital, da Fundação Biblioteca Nacional e será composto por exemplos de veículos de comunicação de época.
PALAVRAS-CHAVE: Humanidades Digitais; História Cultural; Ensino de História
O USO DO YOUTUBE COMO RECURSO PARA O APRENDIZADO HISTÓRICO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Ana Amélia Rodrigues de Oliveira (IFC)
RESUMO: De acordo com os dados de 2019 do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), instituição responsável por monitorar a adoção das Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil, 75% dos alunos de escolas urbanas públicas e privadas fazem uso da internet para realizar suas pesquisas escolares. O número é uma forte evidência do quanto os estudantes têm buscado em sites, blogs e redes sociais conteúdos que complementem os seus estudos. Mas a questão a se fazer é: qual é a qualidade do conhecimento que vem sendo difundido no mundo digital? Qual deve ser o papel dos professores de História diante da cultura histórica difundida nos espaços digitais? O presente artigo tem como principal objetivo apresentar aos professores de História do Ensino Médio como canais do youtube podem ser utilizados como fonte em sala de aula para a aprendizagem histórica dos alunos; bem como definir estratégias a fim de instrumentalizá-los com condições de identificar e criticar conteúdos produzidos que não se amparam no fazer historiográfico cientificamente reconhecido.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História; Tecnologias Digitais; Aprendizagem Histórica
GAMIFICAÇÃO E ENSINO: O USO DAS FONTES HISTÓRICAS NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Jayza Monteiro Almeida (UFES)
Bruno Gutierrez Ratto Clemente (UFES)
RESUMO: O presente artigo traz uma abordagem do trabalho com as fontes históricas em uma turma do 6º ano do ensino fundamental de um colégio público do município de Vila Velha-ES. Partindo dos objetivos traçados pelos PCNs e pela BNCC para a aprendizagem do aluno na disciplina de história, foi elaborada uma proposta pedagógica que utilizou de fontes orais, escritas, visuais e cultura material para trazer aos alunos o contato inicial com as ferramentas do trabalho histórico. A atividade buscou despertar nos participantes a capacidade de pesquisa e o questionamento de diversas fontes ao trazer informações de canais diferentes para que eles descobrissem quais informações eram verdadeiras e quais eram falsas. A proposta pedagógica foi elaborada com o uso de ferramentas de gamificação para promover a cooperação entre os alunos no alcance de um objetivo comum. Com isso, criou-se um ambiente lúdico para o estudo do conteúdo e desenvolvimento da atividade, potencializando a aprendizagem na atividade proposta. Ao final da atividade, houve um momento de debates onde os alunos puderam apresentar o que encontraram, ouvir a conclusão dos colegas e a docente pode contextualizar o que foi praticado com o conteúdo previsto na ementa escolar.
PALAVRAS-CHAVE: Gamificação; Ensino; História.
O USO DAS MÍDIAS SOCIAIS COMO FERRAMENTA DE ENSINO NAS AULAS HISTÓRIA
Maria Aparecida Pires Ribeiro (PPGHispam-UFT)
RESUMO: Diante dessa nova realidade que se apresenta, com alunos cada vez mais conectados na internet, principalmente utilizando a internet com a finalidade de acessar alguma Rede Social, e considerando também as dificuldades que os professores enfrentam para apresentar os seus conteúdos de maneira que desperte a atenção dos alunos. O presente projeto de pesquisa se propõe investigar uma escola estadual localizada no município de Porto Nacional e nessa pesquisa será averiguado se os professores de História fazem uso de Redes Sociais como ferramenta pedagógica no ensino, também faremos a análise das potencialidades pedagógicas que as redes possuem na aprendizagem de história e se elas contribuem de fato para uma melhoria na aprendizagem dos alunos e, ao mesmo tempo pretendemos fazer um comparativo do aproveitamento desses alunos nas aulas tradicionais e em aulas usando uma nova ferramenta de ensino. A metodologia adotada para a pesquisa se iniciará com levantamento bibliográfico a respeito das temáticas: ensino-aprendizagem, usos de novas ferramentas pedagógicas na sala de aula e ensino de História regional. Posteriormente será feito a coleta de dados através de questionários e entrevistas e finalizará com a análise desses dados e elaboração do trabalho final. Esta pesquisa propõe trazer contribuições relevantes no âmbito acadêmico e também para os profissionais da Educação Básica, uma vez que apresentará resultados que posteriormente poderão ser usados para consulta no meio pedagógico e, assim contribuir com um novo padrão de ensino onde as Redes Sociais serão introduzidas na sala de aula como aliada do professor e uma nova ferramenta pedagógica, proporcionando assim novas práticas de ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Aprendizagem; tecnologias
JESUITISMO ILUSTRADO: “O DIABO NA LIVRARIA DO CÔNEGO” EM FINAIS DO SÉCULO XVIII E O ENSINO DE HISTÓRIA NA MÍDIA
Denilton Gabriel Ambrosio da Rocha (UNESPAR)
RESUMO: “O diabo na Livraria do Conego” (1981) obra de Eduardo Frieiro expõe uma carta encontrada na Biblioteca do Porto, sem autoria e escrita em alguma comarca do Rio da Mortes (Capitania das Minas Gerais). Nela a informação de que Luís Vieira, cônego da Cidade de Mariana fora preso: “Dizem que a sua culpa se limita a terem-lhe achado um livrinho francês, relativo ao levante desta terra, no qual se diz que podeiam os habitantes viver sôbre si, sem dependência do comércio para o nosso reino, à imitação do que fizeram os Americanos aos Ingleses”. A Inconfidência Mineira (1789) trata-se de uma revolta nativa de alcance aparentemente circunscrito a uma localidade mineradora, mas, em plena sintonia com os acontecimentos iluministas da Europa: A Revolução Francesa. Dentre os inconfidentes, chama a atenção o Cônego, Luís Vieira da Silva, de origem pobre, letrado, conhecido por sua erudição e dono de uma diversificada biblioteca com cerca de 270 obras, 800 volumes, muitos deles de filósofos iluministas. Que apreensão do Iluminismo francês estava presente, no discurso de alguns intelectuais do Brasil Colônia, em finais do século XVIII, à exemplo da biblioteca do cônego? Objetivamos nesta pesquisa analisar algumas obras encontradas na Biblioteca do Cônego. Para a compreensão dos caminhos da leitura e da escrita, como práticas sociais, utilizaremos o conceito de “circulação e apropriação dos textos” de Roger Chartier como referencial teórico/metodológico. Sobre a relação das obras que figuram na biblioteca do Cônego, a análise nos conduziu para a hipótese de que algumas obras estavam dentro de uma classificação iluminista e que poderia sim, ter influenciado a “Conjura Mineira”, uma vez que os ideais de liberdade já haviam atravessado o oceano Atlântico culminando com a independência dos Estados Unidos desde 1776.
PALAVRAS-CHAVE: História Pública; Conjura Mineira; Ilustração Iluminista. Século XVIII.
O USO DE TEXTOS LITERÁRIOS NO ENSINO DE HISTÓRIA: O CORONELISMO E O CANGAÇO NA OBRA AUTO DA COMPADECIDA DE ARIANO SUASSUNA.
Erisson Jordan Fonseca (UNIP)
RESUMO: Com o avanço da metodologia do ensino, os profissionais da educação devem buscar cada vez mais meios para dinamizar suas aulas, hoje a utilização apenas do livro de didático não é atrativo e nem consegue desenvolver as capacidades de compreensão do aluno, no ensino de história não se é diferente, o professor de história deve buscar maneiras de discorrer o assunto utilizando mecanismos que façam essa atração do aluno, assim a literatura no ensino de história surge com uma alternativa viável e capaz de apresentar a história de determinada época com precisão, de uma maneira mais leve que documentos oficiais, na visão de Sevcenko, com olhar daqueles “desajustados socialmente”. Partindo da premissa que a literatura pode ser utilizada no ensino de história, pode-se compreender quem a obra Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é um possível instrumento para os professores de história, visto que em seu enredo é apresentado a visão do banditismo social de Hobsbawn, dentro do cangaço, e do coronelismo, como força política e econômica, com influência na sociedade local da época. Assim sendo, fica claro que a literatura é um instrumento para o ensino de história, pois essa serve como fonte histórica, elemento esse que só foi possibilitado, pelo surgimento da História cultural, onde elementos da cultura começaram a ser utilizados para remontar fatos históricos de diversas épocas, fazendo assim, uma contraposição a historiografia tradicional. Utilizar-se da literatura para ensinar história, possibilita o despertar do imaginário do discente, que ao ler dos linhas literárias consegue recriar, a época apresentada, em sua mente, com detalhes riquíssimos para o debate em sala de aula.
PALAVRAS-CHAVE: educação; literatura; regionalismo; república velha; historiografia.
FATO E FAKE: DESCONSTRUINDO AS FAKE NEWS ATRAVÉS DO ENSINO DE HISTÓRIA
Larissa Cristina Pacheco (UFCAT)
RESUMO: As notícias falsas ou fake news (termo em inglês que se popularizou em nossa língua) povoam o ambiente virtual com a intenção de manipular a opinião pública e são usadas como ferramentas estratégicas de grande peso numa sociedade conectada em plataformas midiáticas digitais. A forma a qual atualmente uma informação é desenvolvida, compartilhada, curtida, detestada e comentada oferece as fakes news uma combustão espontânea descontrolada que faz com que o processo de disseminação ganhe dinamismo, velocidade e tenha o suporte tecnológico para atingirem a proporção gigantescas. Esse imediatismo, se enquadra na geração frequentadora das salas de aula, que se preocupa apenas com o acesso, sem pensar no conteúdo e/ou contexto da informação. Eles, recebem a todo momento uma enxurrada de informação, e são expostos a estímulos, condicionamentos e provocações sensoriais que muitas vezes nem o próprio aluno e nem o professor conseguem processar e acompanhar. O que percebemos em muitas situações em relação ao tratamento dos meios de comunicação em sala de aula é a insegurança dos professores quanto ao uso pedagógico da web. É necessário e urgente pensar de que forma o educador pode contribuir para que seus alunos estejam bem orientados e capazes de executar uma leitura crítica das mídias, sabendo identificar notícias falsas e não ajudando a propagá-las. Precisamos pensar sobre formas que aproxime o professor dos meios de comunicação e aproveite suas potencialidades, para criar saberes e propomos para ajudar esse processo o uso da Educomunicação.
PALAVRAS-CHAVE: Educomunicação; História; Fake News; Ensino; Mídias
AS ABORDAGENS SOBRE A HISTÓRIA E CULTURA QUILOMBOLAS NAS ESCOLAS DO ESTADO DO TOCANTINS
Ana Paula Vicentim (PPGHispam-UTF)
RESUMO: Ao observar o processo de ensino-aprendizagem sobre os conteúdos referentes as comunidades tradicionais, a identidade cultural e a história local, percebemos algumas abordagens excludentes quanto ao ensino de história e cultura afro-brasileira. Frente a esta constatação, faz-se necessário um olhar atento a essa situação no intuito de efetivar uma educação dialógica, inclusiva, crítica e coerente e que atenda às diversidades do estado do Tocantins. O interesse pelo estudo se constitui pela busca tanto da formação para professores, quanto da revisão e a implementação dos currículos escolares da História das comunidades remanescentes. Também podemos considerar os saberes populares, tradicionais e ancestrais dos afrodescendentes, os quais podem contribuir para o conhecimento inclusivo que favoreça a construção de uma identidade local e regional. Nesta perspectiva, nossa pesquisa volta o olhar para as Comunidades Quilombolas no Tocantins, buscando sua valorização, produção e a implementação no currículo escolar público, privado e municipal. Cabe salientar, ainda, que muitas de suas especificidades culturais foram silenciadas ou proibidas de serem praticadas e reproduzidas. Neste sentido, há uma necessidade de investigar se os Projetos Políticos Pedagógicos das Escolas reconhecem a existência de Remanescentes de Quilombos e se os/as professores/as levam em consideração as especificidades dessas comunidades na abordagem dos conteúdos escolares
PALAVRAS-CHAVE: Quilombola, Cultura, Educação.