MINICURSO 15  

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1. Título: História Econômica e Social na era digital: novas ferramentas e perspectivas de análises (Carga horária 6 horas)

2. Nome da proponente: Lilian da Rosa

3. Titulação e vínculo institucional: Possui Licenciatura em História (2011) pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. É Mestra (2015) e Doutora (2019) em Desenvolvimento Econômico, com ênfase em História Econômica, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi professora substituta no Departamento de Economia da Universidade de Brasília (2021-2023) e realizou Pós-doutorado no Pro-grama de História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (2021-2024). É Pesquisadora Colaboradora Sênior na Univer-sidade de Brasília (UnB). É membro do Observatório da Cannabis (UFF) e do grupo de pesquisa sobre História da Técnica e do Desenvolvimento Econômico (Unicamp). Atualmente é Bolsista de Pós-doutorado no Exterior pelo CNPq, desenvolvendo sua pesquisa na Universidad de Sevilla (EU) em que explora as políticas de desenvolvimento do linho cânhamo do império português na colônia do Brasil comparando-as com as políticas de fornecimento de cânhamo do império espanhol. Tem experiência nas áreas de Economia Brasileira, Desenvolvimento Econômico e História Econômica, com foco nos seguintes temas: política econômica, economia brasileira, ditadura civil-militar (1964-1985), histó-ria agrária e história das drogas, especialmente a história do cânhamo e da maconha.

4. Quantidade de vagas: 25

5. Ementa: A proposta geral deste minicurso é discutir e oferecer um panorama sobre novas perspectiva no campo da história, com especial interesse na da História econômica e social. De um modo geral, o campo da História economia e social é uma área consolidada e de larga tradição, tanto nas pesquisas brasileiras como tema da educação e ensino, em seus diferentes níveis. Nos últimos anos, este campo vem passando por um conjunto de transformações que buscam a interdisciplinaridade e a renovação metodológica. Diante da emergência destes novos paradigmas, o curso é voltado para os temas de coleta de dados, produção e organização de bancos de dados, bem como ao emprego de novas tecnologias na pesquisa e no ensino de história com destaque para a história econômica e social, articulando fontes, métodos e metodologias que estão ampliando as análises dentro do campo da História, bem como novos temas e novos problemas. Tendo isso em mente, trabalharemos as novas abordagens dentro do campo da história e possibilidades de análise e fontes que podem enriquecer o fazer história a partir das novas perspectivas interdisciplinares. Assim, buscaremos promover a difusão de novas técnicas, métodos e metodologias para a história econômica e social, atendendo alunos da graduação, da pós-graduação, pesquisadores e docentes deste campo de estudos e áreas correlatas.

6. Objetivos do minicurso: Este minicurso tem como objetivo apresentar e discutir novas perspectivas no campo da História, com ênfase na História Econômica e Social. A partir da interdisciplinaridade e da renovação metodológica, busca-se explorar técnicas inovadoras de coleta, produção e organização de dados, bem como o uso de novas tecnologias na pesquisa e no ensino. O curso visa capacitar graduandos, pós-graduandos, pesquisadores e docentes, promovendo o debate sobre novas abordagens, fontes e métodos que ampliam as possibilidades analíticas dentro da História Econômica e Social.

7. Desenvolvimento
1º Dia: Repensar o fazer histórico em tempos de interferência digital: recursos, teoria e prática

• A Discussão proposta tem como objetivo analisar a produção da História no Tempo Presente, com ênfase na influência do componente digital no desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Assim, por um lado, a sessão pretende explorar as potencialidades de algumas Plataformas existentes no Brasil e no exterior que disponibilizam um conjunto diverso de bases de dados e fontes de pesquisa que possibilitam (re)pensar à história econômica e social. Dentre essas estão a Plataforma SILB, o Projeto Resgate, o projeto Madison, a Hemeroteca Nacional, a plataforma Pares, o Qgis. Neste contexto, abordaremos como esse conjunto de ferramentas podem colaborar para a prática da pes-quisa e para o ensino em sala de aula.

Data: 19 de maio de 2025

Horário: 8h às 10h

2º dia: Os novos temas: gênero, arte e cultura como ferramentas da história econômica

• Nesta sessão, examinaremos a realidade econômica a partir de uma pluralidade de âmbitos e pontos de vista, tomando como base os novos temas de pesquisa, como gênero, arte e cultura. A nosso ver, esses temas têm tido um impacto crescente na economia do país e nas pesquisas acadêmicas, possibilitando um elevado potencial explicativo da sociedade em suas diversas facetas. Além disso, além de nos permitirem discutir temas históricos, também nos possibilitam debater questões atuais que refletem não apenas a sociedade, mas o próprio processo de globalização e contexto social, político e econômico do tempo presente.

Data: 20 de maio de 2025

Horário: 8h às 10h

3º dia: Ferramentas e recursos: Metodologias ativas e o uso de inteligência artificial visando o ensino e a pesquisa em história

• Abordaremos um conjunto de ferramentas e metodologias ativas que auxiliam que contribuem para pensar e estruturar a pesquisa e o ensino no campo da história. Exploraremos como as tecnologias emergentes podem potencializar a análise de fontes, a construção de narrativas e o engajamento dos estudantes, promovendo uma aprendizagem mais dinâmica e interativa. Além disso, discutiremos estratégias para integrar essas ferramentas ao planejamento didático e à prática historiográfica, considerando desafios e possibilidades no contexto acadêmico e educacional.

Data: 21 de maio de 2025

Horário: 8h às 10h

7.1. Atividades práticas e Avaliação: Atividades Práticas e Avaliação: A avaliação será conduzida por meio de uma dinâmica online, na qual os participantes realizarão uma atividade prática diretamente relacionada aos temas discutidos ao longo do dia. Nesse contexto, os instrumentos avaliativos poderão incluir a análise crítica de documentos históricos, a interpretação de imagens ou a aplicação de ferramentas específicas para a realização de tarefas previamente determinadas. Essas atividades visam estimular a reflexão metodológica e a utilização de recursos tecnológicos no ensino e na pesquisa em história.

8. Diálogo: O diálogo entre o presente minicurso e o ‘ III Congresso Internacional de Humanidades Digitais, Cultura e Ensino & IV Simpósio sobre Mídias, Tecnologias e História‘ se dá pelo conteúdo transdisciplinar já exposto, o qual, transversalmente, busca aprofundar o pensar e fazer História na Era Digital a partir das novas ferramentas e perspectivas de análises.

Referências
ARRIBA BUENO, Raúl de; VIDAGAÑ MURGUI, María (2014), « ¿Hay un espacio para el uso del arte en la enseñanza de la economía? Is there any place for using arts when teaching economics? » Journal for Educators, Teachers and Trainers JETT, Vol. 5 (2) , p. 260-271 OLIVEIRA, M. F.. Cultura de consumo e indústria na São Paulo da Belle Époque. His-tória Econômica & História de Empresas (ABPHE), v. XVII, p. 177-209, 2014.
HIDALGO MATEOS, Antonio (2012): “Prácticas de Historia Económica: ¿mapas con-ceptuales o mapas mentales?”, comunicación presentada al X Encuentro de Didáctica de Historia Económica, Universidad de Salamanca, Salamanca. Disponible en http://www.aehe.es/wp-content/uploads/2012/09/hidalgo.pdf PEDREIRA CAMPOS, P. H.. Reportagem jornalística como fonte de pesquisa em His-tória econômica: um exemplo e algumas questões. História Econômica & História de Empresas (ABPHE), v. 25, p. 530-540, 2022. ROSA, LILIAN DA; FRAGA, PAULO. C. P. . Ações policiais de combate à Cannabis nas páginas do Diário de Pernambuco (1938-1981). Revista de História da Unisinos, v. 27, p. 188-201, 2023