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História Pública e Ensino - Ferramentas Pedagógicas de divulgação e publicização.

 

  1. Nome das proponentes: Gabrielle Gomes Oliveira e Márcia Santos Severino

  2. Titulação e vínculo profissional: Márcia Santos Severino: Possui graduação em Filosofia pela Universidade de Brasília (2009). Especialista em estudos latino-americanos pela Universidade Federal de Juiz Fora (2012). Atualmente é mestranda em ensino de história pela Universidade Federal de Goiás e professora de filosofia e história - Secretaria de Educação do Distrito Federal. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da filosofia moderna, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de história, educação histórica, mundo do trabalho, recursos pedagógicos e itinerários formativos. Gabrielle Gomes Oliveira: Licenciada e bacharela em História pela Universidade de Brasília-UnB. Atua como Docente no Ensino Fundamental e Médio em escolas públicas do Distrito Federal. Possui Aperfeiçoamento em Tecnologia na Educação, Ensino Híbrido e Inovação Pedagógica realizado pela Universidade Federal do Ceará- UFCE, e Especialização em Psicopedagogia realizado pela Faculdade Descomplica. Atualmente é aluna do Mestrado Profissional em Ensino de História realizado pela Universidade Federal de Goiás-UFG e bolsista FAPEG. Possui interesse nas áreas no Ensino de História, História do Brasil, História Pública, História do Tempo Presente e História Política.

  3. E-mail: Márcia Santos: marcinhafilosofia@gmail.com; Gabrielle Gomes: gabrielle.oliveira@discente.ufg.br

  4. Quantidade de vagas: LIVRE

  5. Ementa:  O conceito de História Pública ou Public History é cunhado por Robert Kelley na Universidade da Califórnia nos anos de 1970 e em sua primeira conceituação entendia-se que “A História Pública se refere à atuação de historiadores e à aplicação de métodos históricos fora da academia”. (KELLEY, 1978, p. 16) Desde então o debate acerca do conceito trouxe diversos questionamentos. Seria a História Pública um movimento, uma abordagem, um campo ou um método? No caso brasileiro, a História Pública tem como marco um curso oferecido na Universidade de São Paulo pelo professor Ricardo Santhiago no ano de 2011. É interessante observarmos que na atualidade vemos, principalmente nas mídias digitais, uma diversidade de narrativas acerca de fatos históricos que podem ser feitos por historiadores, mas não apenas e necessariamente, outros grupos ou pessoas que não historiadores também fazem História Pública na atualidade. A expansão das redes sociais e do acesso à internet tem difundido essa gama de narrativas que nem sempre seguem o rigor metodológico necessário à análise histórica e à produção historiográfica. Por outro lado, muitas vezes o academicismo coloca de lado a disputa de narrativas que conformam o estudo e análise da História para fora do meio intelectual universitário, fato que nos traz alguns problemas como a disseminação de canais, sites e perfis que divulgam perspectivas muitas vezes já rechaçadas dentro da historiografia nacional e mundial sobre diversos temas caros à disciplina História, muitas vezes com o propósito de obscurecer questões relevantes, o que nos leva a pensar acerca da construção de uma cultura histórica. Caberia aos historiadores a disputa de tais narrativas? É possível que nos apropriemos de uma série de ferramentas caras às mídias digitais para travar tais embates? E o mais importante: como a História Pública pode gerar conhecimento, para o chamado público leigo, que não se restrinja apenas ao meio acadêmico?

  6. Desenvolvimento: 1º dia: O que é divulgação científica, como surge e como é entendida nos dias atuais; 2º dia: Como surge a história pública no mundo e suas idiossincrasias no Brasil, 3º dia: A plataforma Canva e sua utilização para á área educacional.  Atividade prática e avaliação: Produção de algum material a exemplo de cards, slides ou formulários do google forms utilizando os recursos aprendidos com a plataforma Canva.

  7. Objetivos:  Para a compreensão e a construção de diálogo sobre os diversos vieses da História Pública, entendendo-se que ela é hoje de fundamental importância, principalmente no campo educacional e no Ensino de História, este minicurso pretende demonstrar as questões teóricas que envolvem o tema e também busca a apropriação de uma ferramenta, por parte dos historiadores, que pode auxiliar na divulgação científica de uma História que reflita os embates sociais, culturais e políticos na sociedade atual, sempre primando por desconstruir o negacionismo. A Plataforma de Design Canva é uma ferramenta gratuita que facilita o desenvolvimento e a criação de designs dos mais variados tipos, desde apresentações até ferramentas específicas para o design, como, posts, banners, flyers, cartões, logos, etc. Além de possibilitar a criação de projetos na área do design, o Canva tem uma parceria com a Google for Education, que permite a integração com outras ferramentas, como Dropbox, Google Drive e Google Classroom. O Canva for Education, uma extensão de sua plataforma voltada especificamente para professores das diversas áreas de ensino, no qual, os docentes podem criar um ambiente interativo de aprendizagem virtual, compartilhando-o com os seus alunos e tendo acesso a todas os recursos da plataforma de maneira gratuita para docentes. A proposta do minicurso também é apresentar a plataforma Canva, como uma ferramenta pedagógica que pode auxiliar professores e alunos, a criarem desings arrojados para divulgação e produção do conhecimento histórico, que possa ser utilizado dentro e fora da sala de aula, por meio da criação de infográficos, mapas mentais, apresentações com ou sem vídeo, planos de aulas, folhas de atividades, comunicados, publicações para redes sociais e etc.

  8. Diálogo: O diálogo entre o presente minicurso e o evento do MITECHIS (Grupo Mídias, Tecnologias e História) se dá por intermédio da utilização de uma plataforma digital (o canva) para o ensino de história bem como o entendimentos pelas autoras do minicurso de que a História Pública tem lidado com as mídias e tecnologias de maneira cada vez mais atualizada.

Referências

FERREIRA, R. de. A. Qual a relação entre a história pública e o ensino de História. In: MAUAD, A. M; BORGES, V. T; SANTHIAGO, R. Que História Pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018, p. 29-48.

 

KELLEY, R. Public History: its Origins, Nature, and Prospects. Public Historian, v. 1, n. 1, p. 16–28, 1978. 

 

LIDDINGTON, J. O que é história pública? In: MAUAD, A. M; ROVAI, M. Introdução à História Pública. São Paulo: Letra e Voz, 2011, p. 31-52.

MAYNARD, D. C. Escritos sobre história e internet. Rio de Janeiro: Editora Multifoco, 2011.

 

WANDERLEY, S. Narrativas contemporâneas de história e didática da história escolar. In: MAUAD, A. M; ALMEIDA, J. R. de; SANTHIAGO, R. História Pública no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2016, p. 207-220.

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